sábado, 27 de junho de 2009

Nossa, quem diria hein?!

Fãs no Paquistão acendem velas e fazem orações para Michael Jackson


Acho que fiquei mais em choque com essa noticia, do que com a propria morte do "Jacko"...=O

Achei estranho porque por essas bandas aqui, a populacao repudia qualquer tipo de idolatria ...=S..

Eh, o cara era mesmo poderoso...

Eu apesar de acha-lo um super malukete, naum posso negar que gostava muito dele e como todo o mundo, tbm fiquei triste...='(... principalmente pq estava louca pra ver no que ia dar a mega turne que ele faria em Londres....Sabe, adoro historias de "volta por cima", reviravolta na carreira e afins...

Mas, fazer o que ne, cest la vie...=(

Mas uma coisa eh certa...Se antes ele era uma lenda viva, agora eh que vai ser uma lenda mesmooooo....

RIP Jacko!!!

Fonte:

http://revistaquem.globo.com/Revista/Quem/0,,EMI79249-9531,00-FAS+NO+PAQUISTAO+ACENDEM+VELAS+E+FAZEM+ORACOES+PARA+MICHAEL+JACKSON.html

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Apaixonada por um Paquistanes - Parte 11

By Mariyah

Eu só me dei conta de que algo estava diferente depois de dois fatos ocorridos...Um dia, aquele amigo que se apaixonou e teve que se divorciar me adicionou no orkut, deixando a seguinte mensagem: “Hey, I am your friend´s friend, and am adding you at orkut because I am curious... can´t bear him all the time: Maria, Maria, Maria, Maria (e aí ele repetiu meu nome 200 vezes rs)”.

Primeiro sinal de que havia algo fora do lugar. Tive uma estranha sensação de prazer com a mensagem e fiquei me perguntando o que será que falavam sobre mim. E, logo em sequência, uma preocupação em relação ao conteúdo, comprometedor, uma vez que eu ainda namorava (deletei imediatamente!). No entanto, a mensagem em si não queria dizer nada, mas só depois de algum tempo é que entendi que tanto o prazer como a preocupação posterior foram frutos da projeção de sentimentos que eu já tinha em relação ao guri, mas ainda não reconhecia.

O segundo fato ocorreu em uma das minhas sessões de análise, minha terapeuta, já acostumada com minha atração por culturas diferentes, e já há muito ciente da existência do guri, notou alguma coisa esquisita enquanto eu comentava sobre o que eu tinha conversado com ele durante a semana, e disse: “você realmente gosta desse outro mundo, porque seus olhos brilham quando você fala desse seu amigo e faz tempo que eu não vejo você falar desse jeito sobre qualquer coisa.” Check-mate. Fiquei tensa. Ô – ou! rs

Voltei pra casa cabreira. Ela pode ter achado que era minha eterna curiosidade pelo que é estranho. Mas, eu sabia que tinha algo errado, muito errado. Já em casa, abri meu computador e procurei pelas fotos antigas. Isso porque, eu queria refrescar a minha memória, queria ter a certeza de que ele continuava a antítese daquilo que eu sempre considerara atraente. rs Olhei e... “Nossa, ele é fofo! Ahh, ele é “cute” sim! Foto brega do chapéu: Ahh, que lindooo! Faz um estilo! rs Paraaa!!! Eu só posso estar ficando louca!!! Essas são as exatas mesmas fotos ridículas de 04 anos atrás! aff” Eu acho que fiquei monologando por vários minutos, brigando comigo mesma, e fui do choque à irritação.

Era surreal. E eu não queria passar por aquilo. Depois de 08/09 anos numa relação estável, apesar de ainda ser jovem, tinha 26 anos, me orgulhava de ser (ou achava que era rs) “madura” e de estar plenamente ciente que “príncipes encantados” não existem, que todo relacionamento começa apaixonado e depois de alguns anos se estabiliza e que, portanto o amor verdadeiro é calmo e que aquela loucura do começo da relação serve apenas pra estabelecer vínculos, e tem efeitos colaterais terríveis. E eu, de fato, não queria enfrentar, de novo, a confusão que se estabelece na vida de uma pessoa apaixonada. O que diabos estava se passando comigo?

Recapitulei: “Sim, minha vida está meio aborrecida! Sim, eu tenho trabalhado muito e não é tão legal como eu imaginava! Sim, eu estou com problemas em casa e com muita preguiça de lidar com eles! E, sim, neste momento não tenho sentido muito prazer em ser eu mesma!” Ahhh, era isso então, pensei satisfeita! rs

Há alguns anos eu tinha lido um livro, de um psicanalista alemão que dizia: A paixão que você vem a sentir por alguém é diretamente proporcional à sensação de vazio e solidão que você sente no momento anterior à interação com essa pessoa. Bingo! Eu tava “muito muito” insatisfeita com a minha vida e tinha me apegado ao primeiro ser que apareceu e me ofereceu atenção. Que alívio!

Agora era só pensar em como colocar a casa em ordem, que as minhas emoções voltariam pro devido lugar. Só que se o amor tem razões que a própria razão desconhece; a paixão é um sentimento porra louca, que não tem razão nenhuma e mesmo assim sai se impondo...

Morram de angustia hihihi, mas continua soh no proximo capitulo lol

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Apaixonada por um Paquistanes - Parte 10

By Mariyah

As coisas começaram a mudar. Cansada da situação em que eu me encontrava, e de ouvir que por um motivo ou outro eu não tinha o “perfil da vaga”, resolvi fazer qualquer coisa, e foi quando eu me lembrei que meu bom inglês servia pra alguma coisa: dar aulas. Consegui aulas na primeira escola que encontrei e voltei a sentir o velho prazer de ter alguma independência, de ganhar meu próprio dinheiro. rs

A auto-estima melhorou um pouco e, ao final, de um ano eu já tinha voltado a advogar, graças aos contatos feitos através de alunos. Nesse período eu pensei em abrir um escritório, com uma das minhas melhores amigas da faculdade, porque o número de ações crescia, de tal forma que reduzi o ritmo com as aulas. Só que ironicamente (é sempre assim!), na mesma época, recebi uma proposta de trabalho em um escritório pra trabalhar com Direito Internacional, que sempre foi uma das áreas que mais gostei e não tive como recusar. Nesse meio tempo, meu relacionamento perdeu um pouco do sentido, me deixando confusa. Para não ter que pensar, mergulhei no trabalho e nos estudos, e foquei nas minhas amizades. Com muito trabalho no escritório, passava horas em frente ao computador, pesquisando, peticionando, montando relatórios e traduzindo textos. Passei a manter meu MSN sempre ligado, para interagir com a família e os amigos. Foi a partir daí que começaram nossos contatos diários.

Era início de 2007. Eu chegava ao escritório e começava meu trabalho, então, próximo ao meu horário de almoço, ele aparecia. Quando eu não estava muito afim de “confraternizar” com os colegas na cozinha, comia qualquer coisa na minha sala, de frente pro monitor. O que a princípio era uma oportunidade de fuga, foi se tornando rotina. Cerca de duas horas on-line, ele saía, e retornava no fim da tarde, próximo do meu suposto horário de saída. Geralmente eu já estava um pouco mais tranquila, e tendo tempo, parava pra conversar sobre o assunto preferido dele – Política.

Falávamos tanto sobre isso, que eu sabia mais sobre o que acontecia no Paquistão do que sobre o que ocorria aqui. rs Musharraf, Benazir Bhutto, Nawaz Sharif, Imran Khan e outros viraram figurinhas conhecidas minhas. aff Como “passávamos mais tempo juntos” comecei a perguntar mais sobre a família e o cotidiano dele. Eu já sabia muitas coisas, mas comecei a perguntar detalhes. Ele ainda continuava na angústia da busca por um trabalho na área dele. Mas, nada dava certo. Deprimido, ele não via solução pra o problema que enfrentava e eu insistia que ele deveria tentar outras coisas, como eu havia feito, porque talvez esse fosse o caminho. Só que ele ainda não conseguia ver a luz no fim do túnel. Eu, a essa altura, já tinha carinho por ele, e me doía a situação. Já tinha, também, uma opinião sobre ele: bom caráter, inteligente, dócil e bastante maduro, esforçado e competente; por que diabos, então, ele não conseguia um trabalho???

Eram entrevistas e mais entrevistas, que acabavam em nada, pelas mais diversas e, às vezes, absurdas razões. Eu entendia o que ele sentia. “I´ve been there”. Um dia, conversando, eu perguntei a ele: como você se descreveria? Não lembro perfeitamente a resposta, mas eu lembro a impressão que me causou. Ele disse algo como: “eu sou um cara do bem, às vezes inocente, razoavelmente inteligente e auto-consciente (com ou sem hífen? – você decide!à muita preguiça de consultar o manual rs), muito ligado às pessoas que eu amo, que tem sonhos demais e que, talvez, seja menos realista do que deveria ser.”

Bom, eu sei que não soa como uma declaração filosófica, nada de excepcional, mas eu achei muito fofo. rs Também não sei se foi exatamente isso que ele disse, mas a idéia passada era essa. Depois desse dia, refleti algumas vezes sobre essa auto-definição (uff...já sabem!), e conclui que ele tinha o perfil psicológico do homem que me atrai, mas lembrava das fotos (e do efeito sex-REPULSE que elas tinham me causado) e de todo o contexto (Paquistão, Islamismo, Terrorismo, etc etc) e ainda, havia o fato de que ainda estava vinculada a outra pessoa...tudo isso tornava inimaginável a possibilidade de qualquer outro interesse, que não o puramente “fraterno e antropológico” que já existia.

Só que um fato curioso, eu me acostumei a falar com ele todos os dias, a tal ponto que costumava esperar por isso, e quando ele não aparecia, ficava meio inquieta. Tanto que um dia comentei isso rindo, que estava “addicted to him” e ele me pareceu feliz com isso. Só que o sinal amarelo ainda não tinha acendido pra mim...

Continua o proximo capitulo...=P

sábado, 20 de junho de 2009

Satisfacoes lol

Me perdoem a total ausencia de posts, mas eh que ando numa lezeira taoooooooo grande que vcs naum tem ideia...Sem animo nenhum, sonolenta ao extremo, cansada o tempo todo (msm q eu naum faca PN) e com a paciencia abaixo de zero...affffffff...Pra piorar, estou em Multan, lugar que me tira mais ainda a criatividade hehehe...=P

Vim passar uma "temporada" aqui de duas semanas na casa da familianca, pra poderem cuidar de mim (
Aqui estao me paparicando horrores...lol), pq do jeito que eu estava, naum estava podendo cuidar de ninguem...Muito menos cozinhar pro marido (coitado), pq isso, soh de pensar, jah me dah nauseas....

Alias, desde que cheguei aqui, tenho sobrevivido a base de miojo (noodles) e frutas...Naum consigo comer outra coisa...Nada desce...Se sinto cheiro de temperos fortes, corro pro washroom pra "gorfa" kkkkk (ai Jesus, que coisa mais escatologica, aff)...Pelo lado estetico da coisa, otimo, pq ao inves de engordar, estou emagrecendo hehehe, mas sei que isso naum eh bom nem pra minha saude e muito menos pra do baby...De qq forma, fica de credito, pq depois de um tempo, prolly vou virar uma jamanta mesmo neh ='(...Medooooo

Mas enfim, diz a lenda, que tudo isso passa apos os 3 primeiros meses..I hope!

Eh isso...=)



quarta-feira, 17 de junho de 2009

Apaixonada por um paquistanes - Parte 9

By Mariyah...

Comecei a de fato gostar de conversar com ele, ia aos poucos ganhando mais e mais conhecimento acerca do mundo de lá, questões políticas e religiosas do Oriente se transformaram num passatempo e, apesar de não ser nenhuma especialista, virei uma referência para os amigos daqui quando tinham qualquer dúvida sobre o assunto (rs).

Várias coisas começaram a fazer sentido pra mim e eu comecei a ficar mais cética em relação àquilo que a mídia transmitia. Alguns preconceitos caíram por terra, enquanto que algumas idéias ganharam força. Passei a ter “opiniões” sobre o assunto. Mas, nem sempre minhas “opiniões” eram as mesmas dele... E, eu adorava confrontá-lo...rs... Debochava do excesso de moralismo, criticava a extrema dependência em relação à família e questionava a religião...

Eu não era precisamente agressiva, era argumentativa... Mas, ele tinha muita paciência... rs...Explicava, justificativa e, quando fazia sentido pra ele, ele mesmo reconhecia isso ou aquilo como um problema da sociedade em que vive...

Enquanto amigos, a gente nunca brigou. Éramos abertos e francos. Quando não nos “encontrávamos” pra discutir o futuro da humanidade, era pra fazer piada ou falar das incertezas da vida. E foi no começo de 2004 que a vida ficou ainda mais incerta pra ele. O pai faleceu. Eu honestamente pouco lembro sobre os fatos. É algo que lamento, porque entendo que naquela época, apesar de gostar das nossas conversas, talvez ainda considerasse nossa amizade algo irrelevante demais pra que eu sentisse em mim a dor. Eu sei que pode soar horrível, é óbvio que eu podia imaginar a tristeza da família que perde um ser amado, mas, na verdade, era o familiar de um estranho.

Não quero ser mal compreendida, então o que possa explicar é que o meu sentimento era o mesmo que a maioria das pessoas tem quando sabe de um algum acidente no noticiário onde pessoas morreram, é desagradável, é triste, mas não nos marca como marcaria se efetivamente conhecêssemos essas pessoas. E por isso lamento, porque se eu tivesse a exata dimensão da dor enfrentada por ele, a qual eu poderia até supor, mas jamais teria, naquele momento, a consciência sobre ela como tenho hoje... não teria sido tão leviana. Ele perdeu o pai, tornando-se, assim, o responsável direto pela mãe e pela irmã caçula. Tinha também uma irmã mais velha, já casada. Eu também não tinha noção sobre o tamanho dessa responsabilidade frente à família e a sociedade, e como isso se tornaria um peso difícil de carregar nos anos seguintes.

O trabalho do pai era a principal fonte de renda da família, com o falecimento dele, eles passaram a enfrentar sérias dificuldades financeiras. Somente contavam com o imóvel em que moravam, de propriedade deles, e passaram a viver do aluguel do andar superior da casa. Isso porque, pouco tempo antes do pai morrer, meu amigo, que era engenheiro químico como mencionei, tinha pedido demissão do emprego e estava se organizando para ir ao Reino Unido, onde pretendia morar com um amigo, trabalhar e estudar.

Diante dos fatos ocorridos, a viagem foi cancelada, mas o trabalho estava perdido. Foi quando começou a longa busca dele por novas oportunidades. Na época, seu objetivo maior era conseguir garantir o futuro da irmã menor com um bom casamento, mas até para isso era preciso bastante dinheiro, já que são muitos os gastos realizados pela família da noiva, com festa, dotes e mobília do futuro casal (a justificativa para que a quantia “investida” pela família da noiva seja maior que a da família do noivo é que, após o casamento, a mulher passar a ser responsabilidade da família do marido, que deverá suportá-la financeiramente, bem como aos filhos do casal, teoricamente pelo resto da vida).

Desse período eu lembro relativamente bem, porque também enfrentava algumas dificuldades na minha carreira. Eu havia me formado, tendo realizado muito bons estágios ao longo do meu período de faculdade. Havia passado no Exame da OAB. Falava inglês, arranhava o espanhol e o italiano, entendia “alguma coisa” de computadores, e tinha feitos vários cursos na minha área. Saí da universidade com a pretensão de ganhar o mundo, com o ego um tantinho inflado, e certa de que “logo logo” estaria “fazendo dinheiro”. rs

Mas, o mercado não me quis. Findo o último estágio, em uma multinacional onde eu sonhava iniciar carreira, eles não tinham posição pra me oferecer. Foi a minha primeira grande decepção profissional. Me abalou tanto que saí de giro e o ego murchou... rs

Me senti a mais incompetente e insegura das pessoas e isso se refletiu na série de entrevistas que passei a encarar, sempre tendo ao fim um não como resposta. Meu desespero só aumentava com o passar do tempo, a pressão da minha família, etc.

Pra piorar as coisas, a essa altura eu já morava junto com meu namorado e meu pai, com toda razão, achava um verdadeiro absurdo ter que pagar minhas contas... era adulta, formada, mas dependente. Isso me causava grande angústia e, tal qual era incompreensível pra mim, era ainda mais pra minha família, que não entendia os sucessivos fracassos nas minhas tentativas de conseguir um trabalho.

Eles questionavam meu empenho e isso me deprimia mais... Ainda assim, agradeço o suporte que tive deles e, é claro, da pessoa que eu amava e com quem eu dividia minha vida na época... Só que, eu agradeço também ao querido amigo lá do Paquistão, que, na mesma época vivia os mesmos problemas e dilemas, ainda que as responsabilidades fossem diferentes, e ele era o único que efetivamente compreendia tudo aquilo pelo que eu estava passando, pelo simples fato de que ele passava pela mesma situação... Lamentávamos juntos, dávamos apoio recíproco... e assim seguia nossa “amizade”...

Continua no proximo capitulo...=)

sábado, 13 de junho de 2009

Apaixonada por um Paquistanes - Parte 8

By Mariyah

Ele agora me deixava mensagens com frequência. Quando passávamos algum tempo sem nos falarmos, ele deixava “scraps”, os quais, ao contrário de emails, eu sempre respondia. E assim seguia nossa amizade.

Um dia, injuriado, ele me disse: “eu já estou há várias semanas no ORKUT, por que até agora nenhum dos seus amigos me adicionou? Esse negócio não serve pra muita coisa!” Eu ri. Expliquei que a idéia não era exatamente essa e que ele que deveria convidar os amigos dele ou, se fosse o caso, convidar quem o interessasse. Foi aí que eu descobri que existiam mais paquistaneses no mundo...(rsrsrs), porque, até aquele momento, eu achava que ele era o único ser paquistanês que existia. rs

Vieram os amigos e as estórias... Um dia, estávamos conversando sobre nossos assuntos prediletos e, depois de me explicar pela enésima vez como era um casamento paquistanês, ele me contou o seguinte: um dos seus melhores amigos, ignorando a tradição dos casamentos arranjados, conheceu uma guria na faculdade e por ela se apaixonou. Era correspondido e começaram a se encontrar furtivamente. Só que tinha um problema (problemão!), ele era sunita e ela uma muçulmana xiita, pertenciam, portanto, a segmentos diversos do Islamismo, sendo o casamento entre eles impossível. Em total estado de surto e paixão, resolveram casar... sem comunicar as famílias! Ai! E, obtida a benção de Allah (e, ironicamente, sem as bênçãos das famílias sob a alegação de que as formas diferentes de se reverenciar Allah seriam empecilho à felicidade conjugal e, consequentemente, familiar), passaram a “conjuntar carnalmente” por hotéis da cidade em que moravam. Enquanto isso, enfrentavam o grande dilema: contar ou não para as famílias. O guri apaixonadíssimo e na certeza absoluta de que tinha encontrado a mulher da vida dele, apesar das diferenças, resolveu enfrentar a questão, armando-se de coragem. Recebeu um golpe certeiro. Alguns dias depois, em um dos encontros com a amada, esta lhe diz que sua família lhe arranjou um noivo e que ela não teria forças para recusar o casamento (outro). Pediu, assim, que o suposto grande amor da sua vida lhe desse o divórcio, para que ela pudesse casar com o noivo escolhido pela família. O guri foi tomado pelo desespero. A essa altura estava perdidamente apaixonado e disposto a enfrentar tudo e todos por ela. A guria não. Muito embora afirmasse amá-lo, não tinha “guts” suficiente para lutar por isso. “Meu amigo” me disse que doeu ver a tristeza de seu melhor amigo. Tentou ajudar, se oferecendo pra conversar com a menina e pensar junto alternativas. O rapaz, transtornado, acabou confessando pra família o que havia feito. A menina permaneceu irredutível. Ele deu o divórcio. A família, para afastá-lo dela e para evitar uma vergonha, despachou o rapaz para a Inglaterra. A menina casou-se, provavelmente para ser infeliz para sempre...

Esse mesmo guri, eu acabei “conhecendo”... e foi ele um dos responsáveis pela mutação dos meus sentimentos em relação ao meu “paki friend”... mas, isso foi bem, mas bem depois...

Bom, falávamos de casamentos... e ele (meu então amigo) me contou detalhes sobre as festas... vários dias, várias pessoas, vários dólares... rs ..Nikkah, Mehendi, Valima e outros diversos nomes dados às diversas etapas de conclusão do casamento.

Nikkah o contrato de casamento, onde entre outras informações a serem preenchidas, especifica-se se a noiva é viúva, divorciada ou virgem... rs (só rindo!); Mehendi a festa “amarela”, onde a noiva não usa qualquer maquiagem e o noivo surge barbado (eu ainda não perguntei “qual que é a do aspecto de sujinhos”!), pintam-se as mãos da guria com henna e as “primas” “dançam aquelas dancinhas” gozadinhas; e o Valima, que é o festão final, com os 384.653 convidados das famílias. O traje tradicional da noiva é o vermelho, mas existem variações... e eu não sei exatamente em que momento é usado (ele provavelmente disse e eu não prestei atenção), se na assinatura do Nikkah, se no Valima, ou em qualquer outra festa de nome que não lembro.

Uma curiosidade: existe uma lei, promulgada (não sei se é assim que eles chamam o ato lá) há não muito tempo, que determina que somente um prato pode ser oferecido nos casamentos. Então o seguinte: variou na comida, paga multa! Isso porque, segundo ele me contou, existiam verdadeiras guerras familiares na hora de se decidir sobre as festas, principalmente quando a questão era a comida. No Paquistão, à semelhança da Índia, rola uma coisa de divisão de tarefas e custos entre as famílias, só que uma parte sempre tende a querer explorar a outra, resultado: confusão! Casamentos eram desfeitos antes de se consumarem, porque uma ou outra família queria mais de uma opção de comida, o que encarecia o evento e ainda era motivo de drama para as famílias das partes que tivessem menor poder aquisitivo. O Governo teve que intervir em prol da paz... rs ...E, agora, ou se come Biryani ou Pullao, as duas coisas, nem pensar!

Anyway, do jeito como ele contava, tirando as inserções didáticas e pouco românticas, o casamento me parecia um evento fantástico, de tal forma que várias vezes afirmei: faço questão de ir no seu casamento! Eu falava isso e me soava estranho, afinal, eu não tinha planos reais de ir até o Paquistão... muito longe, perigoso e no fim da minha lista de “must visit places”. Só que eu queria muito conhecer a Índia e, depois de uma conversa em que me caiu a ficha que o Paquistão era Índia, até quando houve o negócio lá da Partilha na época do Gandhi, independência da Inglaterral e “tals”... pensei, bom...mato dois coelhos com uma cajadada só, vou no casamento e passeio pela Índia que é pertinho... juro que cheguei até a imaginar a cena algumas vezes! rs

Estao gostando neh??? But sorry, continua no proximo episodio hehehe...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Entaum...

Eu naum ia falar nada ateh ter um certo nivel de seguranca (tipows Ivete Sangalo, a loca hihihi), mas como "quase" todo mundo jah tah sabendo mesmo e esse eh o tipo de segredo que naum dah pra guardar por mto tempo lol, entaum lah vai:

Vou ser mamae...:)

Sim, eh verdade....Deus nos abencoou com esse maravilhoso presente, que era soh o que faltava para completar nossa felicidade...A "cerejinha" do bolo...:)

Eu ia falar soh quando jah tivesse completado 3 meses, mas jah estou quase lah, entaum resolvi contar...

Pra vcs verem como eh o destino neh...uma historia (ou estoria, sempre fico em duvida affff) que comecou totalmente por acaso, deu uma reviravolta de 360 graus em nossas vidas e agora, estah dando frutos...:)

Eu precisava contar, pq eu to sofrendo mtoooooooo e preciso compartilhar isso com vcs...=`(...!!!

Calma! Eu explico: estou sofrendo de ENJOOS....Vcs NAUM TEM NOCAO do quanto...=`(..Eh horrivel, me tira do eixo, acaba com meu humor, e me deixa louca...Depois conto mais detalhes sobre esse meu "calvario"...Mas sei que vai passar e dias melhores virao hihihi...InshAllAh...


Bem, daqui pra frente naum estranhem se alguns topicos forem relacionados a mamadeiras, fraldas, nomes de bebes e afins ok lol???

Era isso...

Prontofalei!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Soh rindo mesmo...

Atente para a imagem do tanque e avioes de guerra...Acho "didatico" kkkkkkkkkkkk...Mensagem "Ideal" para as criancas lol

Doce com embalagem de Osama bin Laden é vendido no Afeganistão
Caixa tem imagem de líder da rede al-Qaeda.
Doce foi comprado em feira na cidade de Kandahar

Fonte:

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1189567-5602,00-DOCE+COM+EMBALAGEM+DE+OSAMA+BIN+LADEN+E+VENDIDO+NO+AFEGANISTAO.html

terça-feira, 9 de junho de 2009

Apaixonada por um Paquistanes - Parte 7

Pra tirar o atraso hihihi...


By Mariyah


E cinco anos se passaram, entre 2002 e 2007. Cinco anos de muita conversa. Ele lembrava “religiosamente” dos meus aniversários, eu nunca me lembrava do dele (rs)... Isso sim o deixava ressentido... Ele sempre fazia drama desse fato, de tal forma que após os dois primeiros aniversários que esqueci, passei a me importar quando dias depois me dava conta de que, mais uma vez, tinha deixado passar em branco... Ficava com vergonha e irritada com ele, afinal, era só um “amigo de internet”, por que cargas d’água eu deveria me importar com isso? I


Isso é outro ponto curioso... eu nunca tive o hábito de adicionar pessoas que eu não conhecia e, as poucas vezes que o fiz, algum tempo depois sempre as deletava por falta de assunto ou interesse... Eu nunca o deletei, ainda que “supostamente” não me sentisse de qualquer forma vinculada a ele. Sinceramente não sei explicar, até porque não consigo mesmo lembrar que tipo de sentimento nutria por ele, se é que havia qualquer sentimento, talvez por isso se encontrem algumas contradições na minha narração dos fatos. Eu acho que gostava dele. De certa forma, achava ele inteligente. Em alguns momentos, ele se tornava meu confidente. Chateada com a vida, eu ia pra frente do computador e ele, disponível, me chamava pra conversar... eu desfiava meu rosário de lamentações... muitas vezes chorava... brigas com o namorado, melindres no trabalho, problemas familiares... eu falava tudo, absolutamente tudo, sem pudores ou constrangimentos. Eu não o conhecia, nem tinha tal pretensão... ele era meu apoio e coisa nenhuma ao mesmo tempo... podia falar o que quisesse, não tinha receios acerca do que ele ia pensar. E como eu disse coisas... e segredos!


Em um dos nossos primeiros contatos ele me mandou uma foto, péssima, 3x4 (rs), a qual dei pouca atenção... Desde sempre tinha na minha cabeça que a possibilidade dele ser atraente era próxima de zero... e, de fato, a tal foto confirmou essa idéia. Meses depois, talvez mais de um ano depois, vieram mais algumas fotos, tiradas por amigos em uma viagem que ele teria feito a uma região montanhosa (a “famosa” Muree)... Depois de um surto psicótico de risos por conta de uma das fotos em que ele usava um chapéu... frente às outras, minha reação foi: “Meu Deus, como que uma criatura me manda umas fotos dessas?”... Era estranho, brega e a antítese daquilo que eu concebia como atraente. Mas, pouco me importava... minha relação com ele era transcendente e virtual (rs), além de pura e simples amizade.


Não lembro exatamente quando, mas recebi um convite para me cadastrar no ORKUT. Na época, esse site de relacionamentos era ainda pouco conhecido, e só convidados podiam fazer parte. Alguma amiga me adicionou e eu, ao me cadastrar, convidei meu amiguinho paquistanês, que ingressou na rede. Nos aproximamos um pouco mais...

Continua eh claro, no proximo capitulo =P

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Trivial basico

Saudades...=`(

Eh aquela velha historia neh...Santo de casa naum faz milagre...Mesmo!!!

Quando eu estava no Brasil, apesar de gostar, naum fazia um pingo de questao de comer o nosso trivialissimo Arroz, feijao (aqueles de voh, sabe como? Soh com cebola, alho, sal e pimenta do reino) e bife acebolado, acompanhado de uma boa saladinha eh claro...Agora, dou meu reino pra bater uma pratada dessas..=`(


Pra comecar, o Feijao daqui eh "incomivel"...Affff...Duuuuuuuro, grande, roxo e tem gosto de ferro...A carne eh um trem que naum dah pra explicar...Se tem, eu NUNCA VI esses cortes em forma de BIFE de verdadinha, dos grandes, suculentos e macios...Eles vendem uns pedacos pequenos de carne que eles chamam de "beef" aqui...mas eh DURO pra Kct e pra engolir, soh indo pra panela de pressao mesmo...

A unica coisa que salva eh o arroz, que isso ao menos, eh mto bom...Mas de resto, soh por Deus...=/

Ai gente, tem alguem vindo pro Paquistao ai??? Se tiver, For God sake, tenham piedade de mim e me tragam "mocozado" na bagagem 1 kilinho de feijao brasileiro (naum o preto tah, pq desse eu naum gosto hehehe)...Pleaseeeeeee...

Ainda assim vai faltar o bifinho, mas quem naum tem file, caca com carne emborrachada neh =`(...lol


Apaixonada por um Paquistanes - Parte 6

By Mariyah


...Bom, só sei que ele estava na minha lista de amigos... e conversamos. Ele tinha 23 anos, era engenheiro químico no Paquistão, recém-formado, trabalhava em uma empresa que fabricava plásticos, responsável pelo processo de produção. Eu tinha 21, estudante de Direito no Brasil, estagiando no departamento jurídico de uma rede de distribuição de combustíveis. Ele solteiro, eu namorando. Eu o achava um tanto entediante, quanto a ele, não sei o que pensava de mim. Éramos diferentes, mas com um interesse comum: curiosidade pelas diferenças culturais e religiosas.


No começo eu o achava chato por conta dos muitos preconceitos que eu ainda tinha... Não conseguia entender como uma pessoa podia se divertir sem namorar, sem beber, sem ter amigos do sexo oposto, rezando cinco vezes por dia e seguindo uma vida tão cheia de restrições impostas pela religião, pela sociedade e pela família. Mas, quando ele me explicava tão pacientemente e generosamente as razões de sua vida ser como é, os fundamentos de sua cultura, quando me contava a história de sua religião, eu deixava um pouco de lado minha postura crítica e parcial e assumia uma atitude mais respeitosa, às vezes até fascinada.


Costumávamos conversar muito. Foram 05 anos de conversas, às vezes descontinuadas, aos sábados de manhã. Falávamos por horas. Tínhamos curiosidades recíprocas. Ele me perguntava muitas coisas e eu tinha um prazer mórbido de respondê-las quando se tratavam de situações e comportamentos que eu sabia que iriam chocá-lo.


Eu não tinha tempo ruim, ele perguntava e eu falava... (rs)...Só que ele nunca se chocava, ou se ofendia... se isso acontecia, ele não deixava transparecer. De temperamento dócil, dizia que gostava de conversar comigo, e se comprazia com as minhas lamentações ingênuas sobre sua “triste situação” de “muçulmano e paquistanês”... é, ele nunca se ofendia...


Costumeiramente falávamos das nossas diferenças, mas também das dificuldades comuns que enfrentávamos na fase de vida em que nos encontrávamos – início da vida adulta, definição de carreira, relacionamentos, etc. Muitas vezes, quando as questões religiosas se tornavam mais densas, eu me aborrecia e, arbitrariamente (rs), decidia bloqueá-lo por prazo indeterminado, e sumia... Ele sempre notava e me mandava emails perguntando o que havia acontecido... às vezes eram tão frequentes, que eu me irritava: “será que esse infeliz não tem amigos reais?” Mas, vinha outro sábado, em que eu não sairia pela manhã e em que eu não encontraria amigos disponíveis (ahhh, se ele soubesse...quem ri por último... rs), e aí eu desbloqueava e com certeza as orelhas “talibanesas” doíam, porque era esse um dos nossos assuntos – os homenzinhos perversos e barbados, terroristas pra mim, puros pra ele (só depois de muito tempo entendi que não era dos mesmos “caras” que falávamos... rs).


Mais profunda a “amizade”, maiores os disparates. Pela primeira vez ele me contou dos casamentos arranjados e do conceito “0 km” tão importante para os futuros cônjuges... Me diverti horrores... rs... de fato achei que era piada... Eu nunca fui exatamente a mais liberal e despudorada das pessoas, mas tanta “castidade” me chocou... Ok que as pessoas casassem virgens, mas, BVs (gíria adolescente que minha priminha adora para se referir às meninas que, tal qual a Susan Boyle, nunca foram beijadas) era too much! Mais que BVs, elas casam intocadas, “inconversadas” e nem um pouco enamoradas... afff Como pode!? Nem meus bisavós, eu acho... Entre muitas piadas, minha favorita era dizer que eu arranjaria a esposa dele!


Continua no proximo capitulo...;)


P`S:

Me desculpem a demora pela continuacao da estoria, mas eh que nossa heroina estava passando "uns dias "em Buenos Aires..Sabem como eh neh...Gente chic eh outra coisa...Mas ela me PROMETEU que vai mandar mais 3 capitulos seguidos...=)



quarta-feira, 3 de junho de 2009

Entrevista...=D

Minha ameega extra-power-ultra-mega-blaster loosho Paula Veit (Advogada, jornalista, professora, ex Miss Rondonia, multimidia, lindaaaaaa de doer, chiquerrima e muito gente boa) fez uma entrevista bacanerrima comigo sobre minha nova vida no Paquistao, para o blog dela...=)

Se quiserem conferir, eh soh copiar e colar o link abaixo

http://paulaveit.blogspot.com/2009/06/entrevista-mishal-zoraib-visao-da.html

Bisous

Navegando nos arquivos

Related Posts with Thumbnails