quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
"Reveillon" no Paquistão...
By the way, só pra VARIAR trabalhei até as 23:30 (como em todos os últimos 2354545154 anos) e se for verdade mesmo que vai acontecer o ano todo o que estávamos fazendo na hora da virada, então vou ser uma pessoa muito rhyca e phynna em 2010 ho ho ho...=P
Hmmm...Eu ja falei antes né? Mas here we go again...HAPPY NEW YEAR TO EVERYONE!!!
E vcs, o que fizeram na virada???
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Apaixonada por um Paquistanês - parte 22
Alguns minutos após as três da manhã, meu vôo chegava em Lahore. Não antes sem que eu presenciasse um dos primeiros momentos-comédia que me proporcionariam o povo paquistanês. Pouco antes da descida, o piloto anunciava a chegada ao país e pedia que as pessoas apertassem os cintos para o pouso e acertassem as cadeiras. Quase que instantaneamente, dezenas de pessoas soltaram os cintos, levantaram-se e começaram a retirar suas bagagens dos respectivos compartimentos. Eu só me dei conta do fato quando uma comissária desesperada veio percorrendo o corredor berrando para que as pessoas sentassem e atassem os cintos, no que era solenemente ignorada. Eu olhava para aquilo sem entender o que se passava na cabeça daquele povo e, quando começava a rir visualizando as pessoas sacarem de seus paraquedas e saltarem com suas malinhas debaixo do braço avião afora, ouvi a voz ameaçadora e irritada do chefe de cabine coagir as pessoas a sentarem, com mala e tudo na mão (rs). Cerca de cinco minutos depois, a despeito da confusão, o avião aterrissava.
Era tudo tão emocionante. Fiz que nem em filme, respirei bemmm fundo, como se pudesse trazer a cidade pra dentro de mim. O ar era quente e seco. Desci as escadas um pouco tensa, sem saber ao certo o que me esperava, foi quando me dei conta de que eu não tinha tomado nota do endereço do hotel ou dos telefones da Cintia. Só rezava para que ela de fato estivesse lá. Passei com tranquilidade pela imigração e fui retirar minhas malas. Estava exausta, mas “adrenalinizada”, o que me deixava “ligada”. Quando localizei minhas malas, verifiquei que uma delas tinha o cadeado arrebentado. Foi o estopim para um surto psicótico. Olhei para um dos homenzinhos fardados que ficavam do lado da esteira e ralhei: minha mala foi arrebentada e eu quero formalizar uma reclamação! Mas, acho que devo ter pronunciado essas palavras com um ar de louca, porque o moço se desconcertou e depois de uma sequência de really, madam?, sorry, madam! how come, madam? me apontou para um posto de fiscalização, fui adiante e ignorei o raio-x, em dois minutos vários guardinhas me cercaram e eu nervosa brigava em inglês por causa do cadeado quebrado, eu falava rápido e estressada, mais pelo cansaço que pelo cadeado em si, tanto é que até um deles sugerir, eu não tinha me dado conta de que não havia vistoriado a bagagem, foi quando abri a mala e vi que estava tudo lá (rs). Só sei que deixei todos tão atordoados que nem pelo raio-x passei. Não retornei para as vistorias e ninguém se manifestou (rs). Passei pelas portas automáticas e minha primeira impressão foi a de que viajei no tempo, dezenas de verdinhos, em suas vestes típicas que me lembram pijamas me encaravam. Era algo como “um desfile de moda parisiense (ou milanês, ou novaiorquino, como quiserem, é só pra dar a dimensão...), ambientado no tempo de Cristo, para uma platéia não de celebridades euro-americanas, mas de paquistaneses barbados, sendo que eu era a versão mais volumosa e curta da Gisele Bündchen, exibindo minha tentativa frustrada de orientalização de trajes ocidentais”. Dei um suspiro de alívio quando escutei alguém me chamando pelo nome, em bom português (rs). Corri para o abraço. Poucas vezes fui tão feliz (rs). Cintia e sua sogra fofa. Esta última me agarrava tal qual uma “Felícia” (vide personagens tiny-toons) e me estalava as bochechas com beijos sem fim.
Eram quase quatro da manhã quando chegamos ao hotel. Falávamos sem parar. O lugar era novo, pequeno, e ficava em Gulberg, um bairro bem legal de Lahore. Ficava a cerca de 500 metros do Liberty Market, um dos mais cheios de coisinhas interessantes pra comprar, perto do Fortress Stadium (onde rolam as partidas de cricket, bem próximo de onde recentemente tentaram o extermínio em massa da seleção do Sri Lanka aff), perto do Subway, do Mc Donald´s, da Masoom´s (uma confeitaria que amei bem muito, onde eles têm uma tentação chamada “death by chocolate”... hahahahaha, sim, até as sobremesas paquistanesas podem ser fatais!) e de uma, pessoas acreditem!, The Body Shop, onde larguei muitas rúpias, muitas rúpias e fui feliz! (rs)
Enfim, o hotel era bom, não fosse por três importantes detalhes: o quarto estava imundo; todos os funcionários, sem exceção (o que inclui a parte de serviço de quarto), eram homens; o quarto não tinha janelas. Entramos no quarto, novo, simpático, mas sujo. Quilos de poeira, cinzas de cigarro sobre a mesa, lençóis não muito branquinhos e banheiro cavernoso (medo!). Olhei para a Cintia, que olhou para a sogra, que entendeu o recado e pôs o povo pra trabalhar. Como o ar-condicionado do primeiro quarto não funcionava, fui transferida. Limpa daqui, arruma de lá, e o lugar ficou habitável. Não vou mentir que fiquei cem por cento tranquila em encostar minha pele limpinha e bem cuidada naqueles lençóis de procedência e uso duvidosos, mas o cansaço venceu a frescura. Comecei a abrir a mala para pegar um pijama, batem à porta. Dois homens me entregam jornais (ahn?). Passo a chave. Começo a trocar de roupa, novas batidas. Me visto novamente, abro a parte, mais dois homens, diferentes, perguntando se há algo que eu desejo. Digo que não, fecho a porta. Estou de pijamas, mais batidas. Nesse momento, estou ao telefone com o Hathi (fofo!), planejando o nosso encontro que se daria nas próximas horas (taquicardia!). Grito através da porta: me deixem dormir! E obtenho a resposta: please, madam, open the door! aff Abro, dois novos homens, um deles segura uma bandeja com um copo contendo um líquido amarelado, enquanto o outro sorri e diz: welcome drink! Eu me dobrei às gargalhadas. Ninguém merece pessoas curiosas batendo à sua porta a cada cinco minutos. Mas, o mais inusitado é a oferta de “welcome drinks” não alcóolicos (suco de maçã! rs), às quase cinco da manhã, quando geralmente se está física e, no meu caso, também psicologicamente exausta. Eu só pude rir. Agradeci e frisei: por favor, quero dormir! Desliguei o telefone após mais um “ainda te amo” e me joguei na cama. Apaguei, acordei cerca de três horas e meia depois e fui para debaixo do chuveiro, saltava na água gelada, que me despertou (em alguns momentos era angustiante tomar banho de água fria, e eu só fui descobrir como acionar a água quente no meu último dia no Paquistão rs), vesti meu vestido mais lindo, ajeitei os cabelos, coloquei cores no rosto e o telefone tocou. Lá de baixo o recepcionista anunciava: Mr. Hathi is here. Autorizei a entrada. Olhei mais uma vez no espelho. Um minuto depois ele batia à porta... esqueci todos os medos e cheia de ansiedade abri... uma fresta... ele olhou através dela e sorriu, se escondeu atrás da porta, eu ri, abri e falei “entra”. Era ele, perfeito, de carne e osso, na minha frente, de verdade verdadeira, todinho meu e só pra mim... muito feliz! Ele abriu os braços e eu pulei... em cima dele! (rs) Tive assim, também, meu “momento Felícia”. Foi o maior e melhor dos abraços, o mais apertado, o mais desejado. E o melhor de tudo... ele também sentia o mesmo... todo o estresse anterior tinha valido a pena, aquele abraço bastou. Depois de minutos que pareceram eternidade, mas pareceram segundos, ele me segurou pelos braços e disse: deixa eu olhar pra você. Eu sem tirar os braços do pescoço do Hathi, levantei meu rosto em direção ao dele e, para a minha surpresa, ele tomou a iniciativa e me beijou. O mais longo e melhor dos beijos... totalmente inesperado – porque até então eu não sabia quais os limites que seriam rompidos, tantas foram as discussões sobre isso - , mas diversas vezes fantasiado... hum rum, eu o amava, ainda, sempre e, talvez, pra sempre... e estava absolutamente apaixonada, irreversivelmente...
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Bem feito !!!
Juiz manda cortar orelhas e nariz de presos no Paquistão
Dupla, que havia feito o mesmo com uma mulher, também foi condenada à prisão perpétua...
Leiam a matéria completa aqui
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Retrospectiva 2009
Ainda falta alguns dias pra acabar 2009 mas acho que já aconteceu coisas suficientes esse ano que já valha uma retrospectiva...=)
Vou fazer um resumão dos "fatos que marcaram minha vida esse ano" (Retrospectiva da "Globo" mode on hihi), não necessariamente em ordem cronológica pq tenho memória de "peixe" e não sou mto ligada em datas, mas tentarei na medida do possivel narrar mais ou menos na ordem em que aconteceram...;)
Janeiro
Preparativos finais para minha mudança definitiva para o Pakistan, muita correria, muito trabalho, clientes ensandecidas marcando horarios de "despedida", muitos cursos de maquiagem, muitas caminhadas para dar uma enxugada no corpitcho hehe, preparação de documentos/papeladas pra levar, encerramento de contas de banco, abertura de conta em outro banco, compra de passagens, envio de papelada pra embaixada do Paquistão, prática do desapego (pra fazer minha vida toda caber numa mala de 30 quilos aff)...
Fevereiro
Cirurgia de última hora, "drama dramaticamente dramático" na despedida de mãe/irmãos/ameegos/clientes em Vilhena com direito a muitaaaaaaa choradeira e video-homenagem no youtube que quase me desidratou de tanto chorar, mais drama na rodoviária, mais choradeira, aperto no coração e medo do futuro misturado com felicidade e com a enorme perspectiva de uma vida totalmente nova ao lado do meu amor, via sacra parando em Cuiabá, Bebedouro (SP) e São Paulo pra despedir de pai, vó, tias, ameegas, + drama e +choradeira, alguns dias em São Paulo com ameega querida que amo muito, curtindo meus "últimos dias de Brasil" e esperando a data do embarque...E chega o gradia dia: 14/02/2009, o dia em que dei o maior passo da minha vida rumo ao desconhecido...Mas infelizmente nesse mesmo dia, fiquei sabendo do falecimento num terrivel acidente dos pais e avó de uma de minhas grandes amigas..foi muito triste, fiquei arrasada pq naum podia estar com ela e muito triste por eles tbm..eram meus vizinhos de loooonga data...='(..Mas infelizmente já não havia mais nada a fazer...Embarquei então rumo ao Paquistão by KLM até Dubai e Emirates de Dubai pra Lahore...Vôo tranquilo de São Paulo a Amsterdan e tbm tranquilo de Amsterdan até Dubai, onde fiz um stop de 24h aff, overdose de duty free, muito sono e cansaço e finalmente o vôo pra Lahore, onde meu amor me aguardava tão ou mais ansioso que eu...ui! Chegada em Lahore, marido lindo me esperando, conheci finalmente meu so called abrigo anti-aéreo ("casa" onde morei de fevereiro a outubro que por ser underground, mais parecia um abrigo anti-aéreo mesmo hahaha)..Começamos a jornada da montagem da casa, compras e mais compras de tudo que precisávamos pra começar nossa vidinha juntos (moveis, eletrodomesticos e afins) Adoooorei essa parte...Adaptação ao pakistani way of life e a vida de "Amélia", calças com vinco que tiravam minha paz, tábua de passar com mil buracos feito a ferro pela descoordenada aqui hehe, curso intensivo de culinaria paquistanesa na casa da sogra...lol
Março - Abril - Maio - Junho - Julho
Marido conseguiu o emprego que ele tanto queria em Lahore e ficamos muito muito muito felizes pois caso contrario, teríamos que ir morar em Multan (Azulivre aff)..Curtição da vidinha de just married, varias visitas a locais bacanerrimos de Lahore (Museus, Zoo, restaurantes, etc etc etc),atentados contra time de cricket e alguns outros atentados, medo&apreensão, muitooo amor, criação do blog e muitas novas amizades virtuais hehe, a grande noticia de nossas vidas: Minha gravidez que foi planejadíssima by the way, felicidade geral, muitos planos, tratamento vip da familia para comigo hihih, muito, mas mto mto mtooo enjoo, "férias conjugais" de um mês em Multan na casa dos in laws por conta dos enjoos (eu não conseguia cozinhar pro marido, e nem mesmo pra mim senão botava os bofes pra fora aff), primeira, segunda e terceira ultrassom..emoção, choro, ansiedade, emagrecimento por falta de comida (passei um mes a miojo pq naum aguentava comer mais nada), mudanças no corpo e no humor, muito repouso por recomendação médica, li varios livros Islamicos no periodo de "ostracismo", meu aniversário, Alcorão Digital de presente, morte de Michael Jackson e choque geral heheh,comprei meu (nosso) primeiro carrinho, renovação de visto, fim do período de enjôos, retorno a Lahore com familiança e tudo a tiracolo pra passar um findi, período de relativa tranquilidade nos 15 dias que sucederam o retorno da familiança a Multan até que no dia 17/07 aconteceu o PIOR..Perdi meu (nosso) tão sonhado baby...desespero, tristeza profunda, todos inconformados, muitas perguntas e nenhuma resposta, sentimento de culpa (normal isso) e um enorme sentimento de vazio e frustração...='(
Setembro - outubro - novembro - dezembro
Mudança para uma casinha phopha que finally eu pude chamar "Home sweet home", novos vizinhos, bairro super legal e felicidade geral, primeiro Ramadan no Pakistan, jejum o dia todo e muita comilança a noite no Iftar, batata frita+pakoras+fruit chart TODODIAAA pro Maridon, orações, Eid in Multan with family, cidade toda enfeitada e o msm clima de Natal que tem no Brasil, entrevista pra trabalho na Artdeco, visita de uma amiga brasileira em Lahore, que se tornou queridíssima e ótimos momentos juntas, muita conversa, passeios e diversão, decisão de vir ao Brasil, compras de passagem again, matéria no G1 (cof cof), embarque e despedida de novo (aff), stop em Dubai e muitas compritchas lol, chegada em São Paulo, get togheter com ameegas queridas, shoppings, 25 de março, restaurantes chines, novas ameegas, uma baladinha basica que odiei pq não to mais acostumada hahaha, embarque pra Vilhena, chegada em Vilhena depois de 039494859875894778567836565675645 dias de viagem, reencontro de irmãos e ameegas (os), muitos agendamentos, cursos, viagens a trabalho, mamãe que veio me ver (thanx GOD), trabalho, trabalho e mais trabalho, sucesso, volta temporária à vidinha "virtual" com o marido hihi...e agora é esperar chegar o dia 31 pra ver se acontece algo relevante (if so, espero que seja coisa boa)
Ufaaaa..é isso por enquanto...Claro que não dá pra lembrar de tuuuuudo, mas no geral foi isso e agora é esperar o novo ano cheia de esperanças de uma vida ainda melhor, novos planos e metas e deixar o filminho chamado VIDA rolar, pq o show tem que continuar
Enfim, apesar de todas as intempéries, posso dizer que foi um ano BOM graças a Deus e não posso reclamar...Minha vida foi e continua sendo muito abençoada por Deus, que sempre me concedeu o privilégio de só ter pessoas MARAVILHOSAS ao meu redor =)))
E a todas vocês minhas queridas leitoras e leitores, desejo do fundo do meu coração um ANO NOVO REPLETO DE AMOR, SAÚDE, SORTE, DIMDIM, PAZ DE ESPÍRITO, $UCE$$O, REALIZAÇÕES e FELICIDADE!!!♥♥♥
P'S: Ah, me contem tbm ao menos os grandes fatos que marcaram a vida de vcs em 2010 =D
domingo, 20 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Lugarzinho "Must GO" de Lahore =)))
Xô falar...Essa semana maridex, todo saidinho que está, foi num concerto de rock num lugar nas "rebordozas" de Lahore (mei fora e mei dentro da cidade se é que me entendem hehehe) e voltou todo faceiro e empolgado contando que adorou o lugar (hmmmmm...seeeeeiiiii..ainda bem que homem e mulher não socializam juntos por akelas bandas hahahaha) e que tinha certeza que eu ía amar tbm e que vai me levar lá qdo eu chegar e tals...E olha que ele é um ser "mei" que "anti-social"..Talequal his wife lol...
Aí que ele me mandou o link do lugar, o "Peerus Café"!!! Uma mistura de "barzinho"/café (que só deve vender suco e leite hauahuahahauah =P) com restaurante e casa de shows...
Só pelas fotos já fiquei aqui toda periclitante..Adorei o enviroment, a decoração, a proposta...TUDO!!! Eles tem noites temáticas que vão de Sufi Music até Jazz (atóronnnn esse lado chic/cultural/modernoso/hype do Pakistan..dá até um orgulhinho hihi)...
Aiiiiiinnnn ...eu quero ir lá agoraaa, right now...comofaz??? Thats why ♥I LOVE LAHORE♥..Prometo que quando lá eu for, muitaaaaas pictures farei pra vcs...=)))
Viram só?? Nem só de talebans, homem-bomba, miséria humana e corrupção vive o Pakistan ...Ainda há vida sob os escombros hehehe...
Entaum Amigues, pra quem tiver afivelando as malas rumo ao Pakistan e quiser sijogar pra bater dupatta na buátchi, fikadika!!! lol
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Baby Machine virtual...very funny!
Vc coloca uma foto sua e outra de seu marido/namorado/namorido/rolo/cacho/affair ou seja lá o que for hihih e sai a foto
Voltem aqui pra me contar o que deu ok? lol
P'S: A foto acima NÃO É MINHA FILHA hehehe..Ainda nao consegui achar nenhuma foto decente de rosto e que eu esteja de frente e nem do meu maridex...=(...Porque é importante que seja de frente e de boa qualidade, pq aí o resultado sai mais fiel =)))..
Mas agarantchio que a garotinha acima ficou a CARA DO PAI hahahaahah...=P
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Apaixonada por um paquistanês - parte 21
Horas e horas de viagem (são cerca de 15, depois da 10a. hora você pensa em abrir a porta do avião e se jogar, pelo menos eu que sou ansiosa e claustrofóbica pensei, tamanho o desespero master e o tédio... Carol dormia tranquilamente...aff), chegamos em Dubai. Que legal, que legal! A sensação era ótima. Olhei para o relógio e a primeira coisa que me veio à cabeça foi: Nossa, agora só duas horas de fuso nos separam. Me despedi da Carolzinha que de lá seguiria direto pra Islamabad e segui em direção ao desembarque. Minha amiga me aguardava. Fomos direto pra casa e eu no caminho olhava aquele mundo tão estranho e diferente do meu. Mooooooooontes de asiáticos, moooooontes de homenzinhos árabes com suas túnicas brancas e paninhos vermelhos e pretos na cabeça (o lencinho fashion que até pouco tempo a gente pendurava no pescoço por aqui) e mooooooontes de women in black. Na ida do aeroporto até a casa da minha amiga, já puder ter uma idéia do que era aquele lugar, tantos, mas tantos prédios, que se todos eles fossem completamente habitados conclui que logo Dubai seria uma coisa bem próxima de Pequim, entupido de gente, mas nada... as pessoas investem, investem e investem em imóveis lá...e ainda não entendi o porquê (agora depois da crise, entendo muito menos o que diabos se passava na cabeça desse povo trilhardário).
No dia que cheguei fui direto para uma festa com brasileiros e, nos dias que se seguiram, praia, compras e baladas (e mais baladas). O lugar é divertido, mas são tantas as restrições que se torna curioso. Ocidentais se enfiam em lugares específicos pra fazer aquilo que aqui vemos em todos os lugares, mas que lá é o mais absoluto atentado a ordem e aos bons costumes. Manifestações de afeto em público, roupas demasiado curtas (A Geisy aqui foi ofendida? Embora não conheça as leis de lá, tenho até dó do que aconteceria se ela saísse pelas ruas mostrando a bunda... se turista, obviamente deportada; se local, tadinha...), bebidas alcoólicas na rua... Isso não pode. Os hotéis são o paraíso dos turistas, lá pode...quase tudo. Biquíni, bebidas alcoólicas, pode e pode. Baladinhas à noite, gente jovem, bonita e sensual, putas russas, árabes pseudo-religiosos, machistas e tarados, tudo isso você via, mas ainda a restrição sobre pegação pesava. Conheceu um carinha, gostou, quer dar uns beijinhos? Pule etapas e vá direto ao quarto, porque na pista de dança ou no bar, nem pensar. A não ser que você queira ser convidado a se retirar pelo segurança. Então era assim: estranho. Demora um tempo até você absorver tantas contradições.
Gente mal educada, inglês tosco, gente querida, táxi baratinho, shopping centers e mais shopping centers, camelinhos, calor, comida árabe, mercados... meu dia a dia lá. Encontrei amigas fofas, fui ao show do Brad Pitt indiano Shahrukh Khan (ou algo parecido)... Esse show foi uma comédia a parte. Centenas e mais centenas de indianos e nós duas (eu e minha amiga fofa), branquinhas e sorridentes, no meio deles. Afff Éramos atração pré- show. Acho que nunca fui antes tão encarada na vida. Sem falar nas abordagens dos “garbosos” jovens indianos (como tão bem define os mesmos a companheira de infortúnio)... que que foi aquilo? Acho que aguentamos uns 30 minutos e nos mandamos, era too much mergulho cultural pra quem tava acabando de chegar por aquelas bandas... (rs)
Os dias passaram, impiedosamente. Do Brasil a família pedindo pelo amor de Deus que eu recapitulasse enquanto que minha amiga brasileira em Dubai me narrava as situações mais escabrosas para me convencer a ficar: “amiga, imagina se explode tudo, se você morrer ainda vá lá, mas imagina se ficar mutiladinha”, “sua louca, como que você vai circular por lá, e se te tacarem um ácido na cara”, “se acontecer qualquer com você lá, EU NÃO VOU TE BUSCAR (com voz grave de ameaça (rs))”. E eu que já não tava tão confiante, quase não dormia de estresse... Há poucos dias da periclitante viagem ao Paquistão, vim então a descobrir que saindo dos Emirados, não poderia retornar com meu visto de visitante. Foi um drama! Como assim? Que que eu ia fazer? Não vai, diziam todos! Quase tive um troço! Virou ponto de honra, ou eu ia ou morria. Comecei a ligar atrás de informações e ir nos lugares onde supostamente informavam sobre os vistos, foi um sem fim de contatos que me consumiram quase dois dias em Dubai, uma tristeza. Nem uma boa alma me dava uma informação correta e completa. Invariavelmente me desligavam o telefone na cara, diziam que não sabiam a informação ou, como aconteceu com os árabes que ficam na imigração no aeroporto, simplesmente me ignoravam. Reunindo o quebra-cabeça de informações que eu tinha, eu saía de Dubai e meu visto de visitante era cancelado, e não havia a possibilidade de tirar um outro visto em menos de um mês. Eu poderia ter sim um visto de trânsito, pra ficar até noventa e seis horas em Dubai e deixar os Emirados neste prazo máximo. Mas, meu problema é que todas as minhas passagens estavam com datas pré-definidas e minha idéia era ficar pouco mais de cento e vinte horas em Dubai na volta. Me falavam que exceder o prazo das noventa e seis horas implicaria em multas e black-list (três anos sem poder entrar no país). Tentei alterar as datas das passagens, avançar em um dia a ida e a volta do Paquistão. Não tinha jeito, sem vagas, só se e ficasse em Lahore até a véspera do meu embarque pra o Brasil e só retornasse a Dubai por algumas horas. Sem chances! Eu queria conhecer melhor Dubai e definitivamente não pretendia me arriscar por mais do que três dias no Paquistão. Foi quando conversei com a Cintia, brasileira casada com um paquistanês que mora em Lahore, e expliquei a situação difícil em que me encontrava... foi quando vi como eram essenciais bons amigos e muita vontade. É a velha estória: “quando se quer muito algo, o universo conspira a seu favor”. Coincidentemente, o marido dela estava lá na mesma época, e o guri foi muito gente boa. O cunhado que mora lá com a irmã dele é empresário e tem contatos com empresas de origem paquistanesa com filiais em Dubai. Resumo da ópera: descolei um visto de entrada para Dubai de TRABALHO! (rs) Essas pessoas foram absurdamente gentis comigo. Quando eu penso que pude contar com o apoio de gente que não me conhecia pessoalmente, mas que fez de tudo para que eu me sentisse bem e segura volto a ter esperanças na humanidade. (rs) Pode parecer piegas, mas com tantos conflitos que existem por questões culturais e religiosas no mundo, é legal saber que existem sim muitas pessoas legais, dos mais variados lugares, costumes, que superam as diferenças e olham o outro literalmente como “o próximo”. Eu me senti acolhida.
Alguns dias antes de eu viajar, o marido da Cintia veio me buscar pra resolvermos a questão do visto. Nos encontramos, 'viajamos' até um emirado próximo onde moravam seus parentes, Sharjah (um lugarzinho quente pra c@#$%&%, que segue estritamente os costumes islâmicos – não tem tanta abertura como Dubai -, cheinho de gente esquisita (rs), com ruas de areia e prédios antigos onde as pessoas moram apinhadas). Depois de cerca de uma hora de estrada, milhões de pedágios e paradas em lugares que eu não saberia definir, chegamos em Sharjah, paramos em um shopping center lindo, que contrastava com toda paisagem ao redor e compramos Mc Donald´s pra comer com toda a família... ahn? Pois é, de lá fomos ao apartamento da irmã e do cunhado, uns fofos, com duas crianças paquistanesinhas lindas, fofas e espertíssimas. Na entrada dou de cara com um senhor de barba longa e laranja, que me olha com espanto (cada uma! E eu que sou esquisita!?). Imediatamente, me arrastam pra dentro do quarto, onde eu fico brincando com uma das crianças e conversando com a mulher. Depois de algum tempo me chamam pra almoçar na sala. O velho tinha ido embora e, pelo que entendi, era um scholar dando aulas sobre o Corão para a menina mais velha. Sentei pra comer com as crianças, quando de repente a porta do quarto se abre, num primeiro momento não notei, só depois que percebi que havia uma webcam apontada em minha direção, simplesmente registrando eu comer... quase tive um troço. Tenho pavor de ser observada, ainda mais comendo... aff Vem a cunhada da Cintia sorrindo me explicando que a mãe, no Paquistão, estava querendo me ver e que, portanto, ele havia ligado a câmera para que a curiosa senhora apreciasse a visão. Engasguei... respirei fundo, olhei pra webcam, sorri, dei tchauzinho e relaxei... Meu lema é: tá no inferno, abraça o capeta... bem, durante essa viagem tivemos que nos confraternizar bastante (rs). No fim das contas foi um dia inusitado, maravilhoso e incrivelmente divertido. Conheci um outro emirado – Ajman -, onde fumei sheesha num café árabe ao lado de uma mesquita linda e onde pude observar alguns 'clubes' frequentados por muçulmanos “não muito ortodoxos”, que são tolerados na região. Morri de calor dentro de uma lan house no meio do deserto, cujo dono desligava o ar-condicionado a cada 10 minutos ligados e mantinha desligado por mais 30 minutos até que o local virasse um forno, porque queria economizar na conta de eletricidade. Resolvi minhas pendengas com a imigração e consegui meu visto bonitinho de trabalho. Fiz compras no mercado indo-paquistanês local. Jantei num restaurante libanês delicioso na estrada para Dubai (graças a deus consegui me concentrar na fome e não fiquei imaginando a cozinha) e, por fim, conheci um casal de amigos da família, que morava num prédio cujo elevador era à manivela e sem porta... aventura, aventura! Ahhh, e quase esquecendo, conheci também os vizinhos indianos da família da Cintia, que comemoravam o Diwali (festival das luzes)... bando de mulheres tagarelas e simpáticas que me ofereceram um biscoito em forma de estrela de gosto indefinido e um copo com um líquido rosa que imaginei ser “quick, faz do leite uma alegria” que coloquei pra dentro e quase coloquei pra fora quando senti dezenas de macarrões transparentes sambarem na minha língua... realmente passei mal quando me informaram: leite de rosas (juro que eu pensava que isso era creme de limpeza pro rosto! * choro*). Enfim, voltei pra casa cansada e feliz. Minha amiga surpresa de me ver viva. (rs)
Embarquei para Lahore na noite do dia seguinte. Não sem antes passar o dia entre ocupada com os últimos preparativos e num estado lamentável de nervos, pensando em todas as desgraças que poderiam acontecer e refletindo sobre o choque cultural que eu havia vivenciado no dia anterior e que trauma maior eu ainda estaria por enfrentar (rs). Durante o dia falei com ele algumas vezes... diferentemente de sempre não conseguia encerrar as conversas com um tranquilo “eu te amo”, era sempre com um perturbador “eu AINDA te amo”... muito medo de deixar de amar, assim, instantaneamente, na hora que o olhasse nos olhos... e tal medo só não era maior que o medo de que a recíproca fosse verdadeira. Sair da idealização era um passo importante, mas nada fácil... E assim, no dia 30 de outubro, às 11.30 da noite eu embarcava pra Lahore. Como nada na vida pode ser fácil, nem preciso dizer que foi uma verdadeira maratona...literalmente...chegando no check in sabe-se lá o motivo, me deixaram esperando cerca de uma hora, depois de terem embarcado as minhas malas, quando eu já estava entrando em desespero com medo de perder o vôo, me chamaram pra entregar o cartão de embarque, depois de uma fila quilométrica pra passar no raio-x foi que me dei conta que o meu portão era o 200 e tralalá e eu me encontrava no marco 0 daquele aeroporto gigantesco, corri, corri com toda a energia que me restava... de vestido, sandálias, uma bolsa mega pesada e quilos de panos sobre os ombros... depois de 15 a 20 minutos correndo insanamente, cheguei ao embarque, com as portas do avião quase fechando, eu quase desmaiando, vermelha, encharcada de suor, nauseada, dolorida e sem um pingo de forças para sequer praguejar...em 10 minutos o avião decolava rumo a Lahore...fiquei em êxtase quando cerca de duas horas depois li Cabul na tela de acompanhamento do vôo... chegaria a Lahore em pouco tempo...
Pakistani Motorways
Digam o que quiserem, mas se tem uma coisa da qual o Paquistão pode se orgulhar, são suas estradas (motorway)..Dá de 100000000000000000000 a zero nas do Brasil (que tirando algumas do Sul e Sudeste, o resto se juntar tudo não dá uma afff)...Pelo o menos as estradas pelas quais eu já passei por lá são muito muito, muito boas mesmo. Dá até gosto!
São super bem servidas de excelentes postos de gasolinas (by the way, NUNCA vi um país pra ter taaaaaaaaaanto posto de gasolina como o Paquistão), bem conservadas, pistas duplas, canteiros, flores, etc...Tem até pedágios hahaha...Eu só não sei qual é a "MÁGICA" que esse povo faz pra conservar essas estradas, porque com toda a robalheira do Governo (que é um dos mais corruptos do mundo, acho que só perde pro Brasil hihihi) e as módicas 15 rúpias que pagamos de pedágio (carros de passeio) , eles conseguem fazer o milagre da multiplicação hahaha
E vou falar uma coisa pra vcs...Quem me conhece sabe que eu MORRO DE MEDO/PANICO/PAVOR/FOBIA de pegar uma estrada e viajar de carro e afins, no Brasil, não viajo neeeeeeeeeem amarrada..Mas não sei o que acontece comigo no Pakistan, que lá eu vou de boa com meu marido lindo, maravilhoso pela estrada afora heheh...ui! Já fomos de Lahore p/ Multan umas 384747566347 de vezes..A primeira vez fiquei tensa pq eu tenho mesmo a fobia, mas das outras foi super sussa...Vá entender neh!
Bem, achei a matéria abaixo super interessante (em inglês, se não gostarem, ema ema ema...vão estudar hahaha) aí juntou a fome com a vontade de comer, pois esse assunto das pakistani motorways sempre esteve na minha mira pra virar tópico aqui no blog, mas a preguiça sempre falou mais alto hehehe..Mas esse era o gancho que faltava...Leiam ae!
A materia fala mais especificamente da M2, que Liga Islamabad a Lahore e que segundo o reporter é bem sussa...As outras não são tão desertas, mas mesmo assim são ótimas...;)
Failed state? Try Pakistan’s M2 motorway
ISLAMABAD: If you want a slice of peace and stability in a country with a reputation for violence and chaos, try Pakistan’s M2 motorway.
At times foreign reporters need to a give a nation a rest from their instinctive cynicism. I feel like that with Pakistan each time I whizz along the M2 between Islamabad and Lahore, the only motorway I know that inspires me to write.
Now, if the M2 conjures images of bland, spotless tarmac interspersed with gas stations and fast food outlets, you would be right. But this is South Asia, land of potholes, reckless driving and the occasional invasion of livestock.
And this is Pakistan, for many a ‘failed state.’ Here, blandness can inspire almost heady optimism.
Built in the 1990s at a cost of around $1 billion, the 228-mile motorway — which continues to Peshawar as the M1 — is like a six-lane highway to paradise in a country that usually makes headlines for suicide bombers, army offensives and political mayhem.
Indeed, for sheer spotlessness, efficiency and emptiness there is nothing like the M2 in the rest of South Asia.
It puts paid to what’s on offer in Pakistan’s traditional foe and emerging economic giant India, where village culture stubbornly refuses to cede to even the most modern motorways, making them battlegrounds of rickshaws, lorries and cows.
There are many things in Pakistan that don’t get into the news. Daily life, for one. Pakistani hospitality to strangers, foreigners like myself included, is another. The M2 is another sign that all is not what it appears in Pakistan, that much lies hidden behind the bad news. (ADOREI ESSE TRECHO)
On a recent M2 trip, my driver whizzed along but kept his speedometer firmly placed on the speed limit. Here in this South Asian Alice’s Wonderland, the special highway police are considered incorruptible. The motorway is so empty one wonders if it really cuts through one of the region’s most populated regions.
‘130, OK, but 131 is a fine,’ said the driver, Noshad Khan.
‘The police have cameras,’ he added, almost proudly. His hand waved around in the car, clenched in the form of a gun.
On one of my first trips to Pakistan. I arrived at the border having just negotiated a one-lane country road in India with cows, rickshaws and donkey-driven carts.
I toted my luggage over to the Pakistan side, and within a short time my Pakistani taxi purred along the tarmac. The driver proudly showed off his English and played US rock on FM radio. The announcer even had an American accent. Pakistan, for a moment, receded, and my M2 trip began.
Built in the 1990s by then Prime Minister Nawaz Sharif, it was part of his dream of a motorway that would unite Pakistan with Afghanistan and central Asia.
For supporters it shows the potential of Pakistan. Its detractors say it was a waste of money, a white elephant that was a grandiose plaything for Sharif.
But while his dreams for the motorway foundered along with many of Pakistan, somehow the Islamabad-Lahore stretch has survived assassinations, coups and bombs.
A relatively expensive toll means it is a motorway for the privileged. Poorer Pakistanis use the older trunk road nearby tracing an ancient route that once ran thousands of miles to eastern India. The road is shorter, busier and takes nearly an hour longer.
On my latest trip, I passed the lonely occasional worker in an orange suit sweeping the edge of the motorway in a seemingly Sisyphean task. A fence keeps out the donkeys and horse-driven carts.
Service centres are almost indistinguishable from any service station in the West, aside perhaps from the spotless mosques.
The real Pakistan can be seen from the car window, but in the distance. Colourful painted lorries still ply those roads. Dirt poor villagers toil in brick factories, farmers on donkey carts go about their business.
Of course, four hours of mundane travel is quite enough.
Arriving in Lahore, the road suddenly turns into South Asia once again. Dust seeps through the open car window, endless honks sound, beggars knock on car windows. The driver begins again his daily, dangerous battle for road supremacy.
As Pakistan unveils itself in all its vibrancy, it is exciting to be back. But you can’t help feel a tinge of regret at having experienced, briefly, a lost dream.
‘Motorway good — but Pakistan,’ Noshad said at the last petrol station before we entered Lahore.
‘Terrorism, Rawalpindi,’ he added, referring to the latest militant attack on a mosque in the garrison town which killed dozens. —Reuters
Fonte: Dawn Newssegunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Artigo sobre uso da dupatta pelas paquistanesas.. (em ingles hehe)
‘The way a woman wears a dupatta tells you a lot about her,’ a friend once said. That statement aptly reflects the fact that Pakistani women – throughout this nation’s history – have been judged by this single piece of fabric."
Regarded as an integral part of a woman’s costume in Pakistani culture, the dupatta not only underwent many transformations over the past few decades, but also played a significant role in politics – often subject to state interference. What was previously a symbol of pride is now used as a religious tool by the country’s right-wing politicians to exploit women. This was not the case before Partition, when India’s Muslims were fighting for independence. The significance of the dupatta was realised when several female activists participating in the civil disobedience movement used their dupattas as a stand in for the Muslim League flag. The first such instance was recorded in Lahore during a procession in the mid-1940s. A large number of women took to the streets to show support for the Muslim League, including the writer Mumtaz Shahnawaz. Like hundreds of others that day, Shahnawaz was arrested for her agitation. While she was confined, Shahnawaz climbed up to the roof of the Lahore jail. There, she tore her green dupatta and fashioned it into a makeshift Muslim League flag, which she later hoisted on the building. A few weeks later, in another procession, 14-year old Fatima Sughra pulled down the Union Jack from the civil secretariat building in the Punjab and similarly replaced it with a green Muslim League flag fashioned out of her dupatta. Sughra later received the first gold medal of service in Pakistan’s history. Interestingly, in the early years after Partition, the dupatta’s symbolism was more national than religious. For example, the uniform of the Pakistan Women’s National Guard that was formed during the Kashmir War included a dupatta. ‘Since Pakistan was a Muslim state, the dupatta was naturally part of the uniform. However, it was just a sash across the torso…a starched V-shaped dupatta,’ recalls former Sergeant Abeeda Abidi in an interview with the Citizens Archive of Pakistan. Clearly, this sash was meant to be more of a comment than a covering. The years that followed saw leaders such as Fatima Jinnah and Begum Rana Liaquat Ali Khan enter politics. Unlike their female predecessors in the armed forces, these women made public appearances with their heads covered with a dupatta, which was deciphered as a symbol of modesty. Since they had set the trend, women who stepped into politics in subsequent decades were expected to follow suit.
In 1966, the uniform for the PIA airhostesses, designed by Paris-based fashion sensation Pierre Cardin, also included scarf-like dupattas over graceful tunics. In this incarnation, the dupatta was viewed more as an attractive accessory than a symbol of Muslim womanhood.
Although a dupatta has always been part of the attire of female politicians of this predominantly Muslim state since the beginning, trends among the masses have been slightly different. It was only in the late 1950s that the dupatta became an integral part of the urban-middle-class woman’s outfit. Before then, some women wore burqas and chadors. But younger women who were looking for some form of covering increasingly opted for dupattas as they proved to be a less stringent alternative.‘People were more progressive in that era and were willing to accept change, especially during Prime Minister Zulfikar Ali Bhutto’s era,’ explains Mehtab Akbar Rashdi, a renowned television anchor and women rights activist. ‘Young men and women adopted the shalwar kameez as their attire and women mostly opted for dupattas because they felt it was more practical than a chador,’ she says, adding, ‘In many ways, the dupatta liberated the women of the middle class.’
But thanks to the dictatorial regime of General Ziaul Haq (backed by the Jamaat-e-Islami) that denounced Z.A. Bhutto’s ‘un-Islamic’ ways and enforced Nizam-e-Mustapha (Prophet’s law) across the country, the Muslims of Pakistan were compelled to make religion their focal point. Not surprisingly, the dupatta soon became a centre of controversy. A few months after Gen. Zia came to power, he ordered all television anchors to cover their heads. Rashdi was one such target; however, she refused to bow down to the military dictator’s pressure and did not cover her head. This led to a tussle which resulted in Rashdi being asked quit to her weekly show on PTV. ‘That outcome did not affect me as I was clear about my stance and did not believe in double standards. Since I did not cover my head at home or anywhere else, I felt it would be wrong if I did so only on television,’ she explains. ‘Plus, all my male colleagues respected me irrespective of whether or not I covered my head, so I refused to obey the orders of a dictator who only tried to exploit women in the name of religion.’Rashdi’s views are echoed by several women activists, including Anis Haroon, chairwoman of the National Commission on the Status of Women, who is also one of the founding members of the Women’s Action Forum (WAF). ‘How a woman chooses to dress is her personal issue. The state has no right to interfere and decide her dress code for her,’ says Haroon.
That said, Haroon also points out that the dupatta in Pakistan is viewed as a symbol of respect. In that context, during a protest by WAF outside the Karachi Press Club in 1984, activists chose to burn a dupatta to condemn the increasing incidents of rape in the city. Since the seeds of religiosity had been sown by Gen. Zia, when (late) Benazir Bhutto returned to Pakistan in 1986, she was also compelled to cover her head in response to discussions among political circles about how ‘Islamic’ she was. Those close to Bhutto say she had to don the dupatta in order to underline her Islamic identity. ‘She may have had her reasons. Possibly her senior advisors told her that she should cover her head if she wanted to win the support of the traditional conservative woman in the rural areas of Pakistan,’ says Rashdi. ‘In my opinion, she should not have done that because her [white] dupatta did not represent the real person Benazir was. She was a liberal and progressive woman.’ In retrospect, Bhutto’s was a wise decision because those female leaders who dared to defy the ‘Islamic’ dress code, such as provincial minister Zil-e-Huma Usman, met an unfortunate fate. The 35-year-old politician, who was serving as the provincial minister for Social Welfare in the Punjab, was assassinated during a political rally in Gujranwala in February 2007. Her crime? She had not covered her head. Usman’s assassin, Mohammed Sarwar, reportedly shot her because he was furious that a woman was standing before the masses – mostly comprising men – without covering her head. Sarwar later told the police that he did not regret the move. While public representatives continue to be judged and targeted for the manner in which they ‘cover’ themselves, the dupatta was reinterpreted as a barrier by renowned Urdu poets who wrote about being unable to steal glances of their beloved because of this single piece of fabric. The complaint was readily addressed by big-name Pakistani fashion designers who began crafting outfits without the dupatta. In the words of one designer, ‘the modern Pakistani woman no longer needs to hide behind any form of veil. She is bold and independent and also knows how to carry herself without the dupatta.’ But Feeha Jamshed, the daughter of style guru Tanveer Jamshed (Teejay), who launched one of Pakistan’s first fashion labels, offers a different viewpoint. Back in the 1970s, Teejays was the first label that began designing women’s outfits without dupattas. ‘Back then, my father saw the impact of Z.A. Bhutto on people’s thoughts and attire. But while the awam (common man) adopted his style, the elite were a bit detached. So Teejays tried to bridge that gap and design the shalwar kameez in a manner that was traditional, yet something the elite could relate to,’ she says. Jamshed, however, believes that most women today have ‘raped the dupatta’ and killed the sole purpose of a veil. Offended by the sight of women who let their dupatta hang around their neck, she wants to rethink its role in contemporary modest attire. ‘Either you cover yourself with a dupatta properly, or avoid wearing a tight shirt and do away with the dupatta entirely,’ says Jamshed. ‘I believe you can look modest without it too; we just need to ask ourselves why exactly we wear the dupatta if it covers us partially. We might as well be honest about the way we dress.’ As a result, what we see today are two extremes: women in urban areas who now voluntarily cover their head and wrap themselves with a dupatta which, they say, gives them a sense of security, and the urban elite who have abandoned the dupatta altogether because they feel it is nothing short of a burden.Rashdi, however, feels a middle ground is essential because it completes a woman’s outfit. ‘Unfortunately such moderate women are difficult to find today because Gen. Zia compelled Pakistanis to choose the path of religion. That is why a woman from a low- or middle-income neighbourhood in an urban area is hesitant to step out without wrapping herself completely with a dupatta. And once she wears a dupatta, there will always be someone around to remind her that she would be more ‘respected’ if she covers her head as well. With the majority adopting this dress code, it is natural for her to be influenced.’
Fonte: Dawn News
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Para quem acha que os Paquistaneses aprovam o terrorismo...
Hoteis de luxo e esses de cadeias internacionais são super visados pelos terroristas..Um perigo!!!
Traducao (tosca, feita por mim hehe):
"Por favor, naum corra riscos..Um terrorista eh inimigo de todos..Naum confie em estranhos, mantenha seus olhos e ouvidos abertos (ou atentos), naum toque em nada que naum tenha sido supervisionado (maletas, malas, sacolas etc)..pode ser uma BOMBA..Ajude-nos a prevenir o terrorismo...Obrigada..."
Isso é ótimo para quem pensa e adora dizer que os paquistaneses apoiam o terrorismo...Mto pelo contrário, eles é que são as maiores vítimas de tudo isso...=(
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Triste e preocupada...=(
Eu fico horrorizada de ver até que ponto chega a bestialidade humana...Como podem ser tão maus e tão cruéis? Como podem matar seu proprio povo? A troco de quê tudo isso? Qual é a razão (NENHUMA, É LÓGICO)?!!!