By Mariyah
Bom, só pra não haver confusão: o nepalês/bangla se chamava Tanvir e o indiano se chamava Arun. Enquanto o primeiro foi um grande amigo, o segundo acabou sendo uma paixão. Eu tinha 21, ele 23. Era assumidamente um “galinha”, coisa que nunca me incomodou, porque àquela altura do campeonato, eu já estava com passagem marcada para o Brasil.
Nosso primeiro encontro foi engraçado. Nos conhecemos através de amigos. Dei meu telefone num dia que estava brava com o Tanvir porque ele não apareceu no fim de semana como combinamos e passou o tempo todo me dando desculpas ao telefone. Eu sabia que ele tava saindo com outras gurias. Então resolvi conhecer outras pessoas também...vingancinha! Só que o Arun começou a me ligar, insistindo num encontro. Eu acabei concordando. Ele veio até em casa e conversamos muito. Ele era divertido e interessante. Mas, eu ainda não tinha me encantado. Na hora de ir embora, ele me surpreendeu com o comentário e a pergunta: eu ouvi dizer que as pessoas no Brasil eventualmente se beijam após um primeiro contato, em festas e baladas, quando se atraem... você me daria um beijo? Eu achei engraçado e uma ofensa ao mesmo tempo. Nessa hora olhei bem pra ele e me dei conta do quanto ele era atraente. Mas, achei que ia meter os pés pelas mãos, estava envolvida emocionalmente com duas outras pessoas, voltando para o Brasil, além é claro do pensamento de que era muito feio ser tão fácil assim... rs ...
Disse não, mas que poderíamos ser amigos. Ele lamentou, concordou e foi embora. Bem, me arrependi amargamente. Ele não me saiu da cabeça nas semanas seguintes. Lembrei que ele tinha me dado o telefone e pensei em ligar. Liguei... só caixa postal... tentei durante 2 semanas...até que me resignei. Um belo dia, vendo televisão, o telefone toca...eu juro que nunca, jamais esperava... era ele, dizendo que tinha ouvido o recado que deixei pra ele numa das vezes que eu liguei. Que alguns dias depois de ter vindo tinha ido para Singapura, de férias, onde ficou por 15 dias e que chegando ouviu meu recado e ficou surpreso, e na sequência me perguntou: what´s up? Aí eu disse: bom, eu quero um beijo! rs Ele veio me ver no dia seguinte. Alguns dias depois eu viajaria pro Brasil. Nos beijamos a noite inteira. Eu nunca tinha me sentido tão atraída por alguém. Ele era perfeito. Passei os próximos dois dias cogitando adiar meu retorno, mas sabia que era loucura. Ele não era confiável e eu certamente me arrependeria. E eu ainda me sentia vinculada ao guri daqui, que eu gostava muito. Passamos anos nos correspondendo, até hoje, eventualmente, recebo notícias. Ele casou, teve dois filhos, separou e continua um cafajeste... rs
Voltei ao Brasil, aos meus estudos, ao meu amor, à minha vida. Foi penoso, chorei muito nos primeiros meses e foi difícil a readaptação. Passei um tempo com a idéia fixa de voltar pra Austrália. Mas, tudo passa nessa vida. Trabalhando em um escritório, onde passava horas redigindo em frente ao computador, mantinha o meu messenger (programinha que imagino que todos sem exceção conhecem!) aberto, para trocar idéia e matar as saudades dos amigos que ficaram na Austrália. Não lembro exatamente como, nem quando, mas foi por essa época que um paquistanês me pediu permissão pra adicioná-lo em minha lista.
O que era um paquistanês??? Foi isso que ele tentou me explicar nas muitas conversas que tivemos... ele 23 anos, muçulmano, solteiro, em Lahore... eu 21, espírita, namorando, em algum lugar do Brasil...
Continua no proximo episodio...;)
3 comentários:
hummmmmmmmmmmmmmmmmmmm
repito.. essa gosta de asiatico!
Cadê o resto da historia? hehehehehe
Estou adorando a historia dela, sabe escrever muito bem!!!
Bjs!
Adoro seu blog!
Cadê o resto da história [2] =p
muito interessante...
toh ansiosa pra ler o resto! ^^
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